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Despedida.

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Às vezes, a gente cresce em silêncio. E, quando percebe, já não é o mesmo que começou a caminhada.

Eu jogo Popmundo há mais de uma década. E nesse tempo, esse jogo foi muito mais do que um passatempo. Ele foi casa, foi refúgio, foi companhia nos dias bons e, principalmente, nos dias difíceis. Eu vivi histórias aqui que nunca esquecerei. Eu amei, criei, sonhei e recomecei tantas vezes que já nem sei dizer onde termina o jogo e onde começa a parte dele que ficou em mim. Mas chegou o momento de dizer adeus. Não é um adeus impulsivo, e nem um rompimento cheio de raiva. É um adeus maduro, doloroso, mas necessário. Nos últimos anos, venho enfrentando uma luta silenciosa com a depressão, daquelas que vai escurecendo o mundo aos poucos. Houve momentos em que eu sumi daqui porque estava internado em clinicas. E só estou aqui hoje porque fui cuidado, medicado e apoiado, e sou grato por isso.

E por mais que Popmundo tenha sido meu porto seguro tantas vezes, hoje eu preciso deixá-lo para conseguir continuar me reconstruindo fora daqui. É estranho, porque esse jogo sempre foi uma parte do meu coração. Mas agora ele precisa ficar em paz dentro da memória, não mais como fuga, mas como um capítulo bonito.

Quero dizer que estou bem. Não estou partindo porque estou desistindo da vida.. pelo contrário, estou partindo porque estou insistindo nela. Quero também registrar minha alegria em ver o WMU - World Music United nascer. Ver gente nova, ideias novas, entusiasmo, gente criando, compartilhando, rindo… isso tudo trouxe uma chama que eu achei que já estava apagada. Eu realmente desejo que esse projeto cresça como uma árvore: mudando com as estações, sempre se renovando, mas mantendo sua essência que é a paixão pela música e pelas histórias que contamos juntos.

Que essa comunidade siga viva. Que floresça. Que continue acolhendo quem precisa de um lugar para ser alguém ou para ser si mesmo.

Com carinho,
— O Puppet Master por trás da Becky Bloom (ou Carrie 😅)