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Fiz meu 1º Hang Ten

Desafiei meu corpo e minha mente. Coloquei-me à prova, de forma leve, mas com a intensidade de quem quer aprender a voar. O vento me empurrava para a beira da onda, e eu, que inicialmente estava insegura na minha tentativa, me vi deixando para trás velhas certezas. O mar, com sua imensidão, me lembrou de que é preciso se permitir recomeçar, de que o desconhecido não é um inimigo, mas uma oportunidade de evolução.

Um dia achei que EU nunca faria um Hang Ten! E quando comecei a surfar, essa manobra me soava distante, como algo que estava muito longe da minha capacidade e talvez nunca estivesse no meu alcance. Mas cada movimento, cada erro e cada acerto me ensinaram que o único jeito de chegar lá era, simplesmente, tentando.

E eu tentei! Mudei algumas certezas de lugar, aceitei por fim que nada é fixo, e que buscar fazer novas coisas e novas formas, também é um ato de coragem! Me dediquei a esse aprendizado, me entregando à experiência sem pressa.

E hoje veio... Fiz meu 1º Hang Ten. Ali era só eu e o mar... E ainda consigo sentir a sensação de descer a onda e sentir, por um instante, que somos um com o movimento. E agora escrevendo sobre isso constato que a felicidade que mais me realiza é essa... que nasce das pequenas vitórias diárias.

E no fim, o que me trouxe mais emoção... não foi o tamanho da onda ou o grau de perfeição do meu movimento. O que me marcou foi saber que sou capaz de me reinventar, de desafiar meus próprios limites e, acima de tudo, de ser feliz nas pequenas coisas, nas ondas que decido surfar, nas certezas que mudo e nas pessoas que me acompanham em cada passo.