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🎄 Natal Mcnulty: pé na cova edition
Já fazia 84 anos que eu não via tanto Mcnulty no mesmo lugar. Talvez porque a logística de enfiar 87 pessoas (incluindo os bebês, que não são pessoas plenas ainda, só criaturas que gritam) em uma fazenda no meio do nada exige tanto planejamento quanto uma decisão precipitada, tomada numa madrugada, de largar a vida de adulto e virar a herdeiro sem dinheiro.
A cena foi: colchões infláveis furados, cinco adultos dividindo uma cama de casal, barracas do festival reaproveitadas para camping no quintal e adolescentes competindo pra ver quem ronca mais alto nos beliches. Ah, e claro: o inevitável laboratório de coleta de sangue, porque aparentemente "atividade ilícita em família" virou tradição natalina. Já tô vendo o dia desse laboratório virar fábrica de ervas.
Mas o ponto alto não foi a ceia de pratos natalinos e gemada, nem abrir os valiosos presentes de Natal. Foi o campeonato de quem aguentava ficar 48h acordado. Além das garrafas de café, o arsenal incluía energético suspeito, videogames antigos e uma competição de "qual Mcnulty passou pelo término mais traumático". Quem dormiu, perdeu.
No final, metade da família jurava estar vendo zumbis no meio da plantação de tomates do Cedric. A outra metade só parecia ter virado zumbi mesmo: olheiras fundas, olhos vermelhos e a glória de ganhar uma conquista coletiva batizada de "
Com o pé na cova". Um nome bem fraquinho, eu diria.
E foi nesse caos, entre bebês engatinhando sobre cabos de extensão e o vovô Ty (que parece mais novo do que eu ?) roncando no sofá, que bateu a elegia da noite: às vezes, o que você precisa não tá no próximo voo, nem no próximo romance impossível. Tá ali no quintal cheio de mosquitos, nas piadas internas, nas origens que insistem em te puxar de volta.
Conclusão? A família é a prova de que dá pra rir, quase morrer de sono e ainda assim sobreviver, tudo ao mesmo tempo.
— L. ✨
pov do amanhecer na fazenda.
Posted 9/8/2025, 4:00 PM