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EBAM 146 - Aulão - Oficina de Moda e Estilo

Cores, formas, estampas. E eu no meio de tudo isso, tentando não parecer muito entusiasmada, mas falhando miseravelmente. A real é que a moda me pegou. E se eu pudesse virar uma revista, seria essa capa aí — com suco na mão, cabelo com atitude, e a expressão de quem prefere sumir com estilo a aparecer sem contexto.

Primeiro veio o exercício de silhueta, e eu percebi que até quando a gente apaga os detalhes, continua dizendo alguma coisa. O corpo fala. O meu tipo é retângulo, dizem. Mas sabe o que mais? Funciona. Porque passo despercebida quando quero, e destaco só o necessário. Silhueta pra mim é estratégia de invisibilidade fashion.

Depois veio o arco-íris mental: roda cromática, contraste, matiz, combinação análoga e todos os nomes que fazem a gente achar que virou designer de moda. Me encontrei no monocromático — é como usar variações de mim mesma, dependendo do humor. Quando misturo cores complementares, é porque estou pronta pro caos. Quando vou de análogas, quero paz. Azul pastel é abraço. Vermelho com violeta é provocação. E o preto? É armadura.

Aqui eu quase surtei de felicidade. Estampa é minha forma preferida de confundir o mundo. Gosto do estranho com o familiar. Do floral com o animal print. Se a cor fecha, a estampa briga — e tudo certo. Moda, pra mim, é fazer as regras parecerem acidente. Não sigo tendências: eu as interpreto no meu idioma pessoal.

Assim nasceu a Moon Juice. Uma capa feita de ironia sutil, suco gelado e mensagens escondidas entre os fios de cabelo bagunçados. Um editorial que conta a história de uma garota que prefere dizer tudo com um look do que gastar palavras à toa. Estilo sem esforço, caos com harmonia e uma legenda que diz tudo:

"Não sou modelo. Só parei pra tomar um suco."