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Vou ser Pai.

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Suikome disse que vou ser pai.
E nesse instante, o tempo parou — não com estrondo, mas com um silêncio doce, como o crepúsculo que desce em paz. Ela me olhou com os olhos cheios de certeza e disse, suave: *"Vamos ter um filho."*

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Pai.
A palavra ressoou dentro de mim como um verso esquecido, como algo que sempre pertenceu à minha alma, mas que só agora acordava. Não foi medo o que senti, mas um tremor delicado, como se meu coração, tantas vezes inquieto, tivesse finalmente8 encontrado seu rumo.

Pensei em você, pequeno ser, ainda invisível, mas já tão presente. Pensei no primeiro choro, no primeiro olhar, no peso leve do seu corpo nos meus braços. Pensei em Suiko, minha Suiko, que carrega esse milagre com tanta graça, como se o universo tivesse escolhido nela o lugar mais seguro para começar uma nova história.

Eu, que vivi entre promessas soltas e caminhos sem destino, agora sinto que estou diante do eterno. Algo que não passa, que não se apaga — algo que cresce dentro dela e também em mim.

Quero ser o primeiro rosto que você reconheça. Quero te ensinar a ouvir o silêncio, a olhar as estrelas, a sentir o amor sem precisar de palavras. Quero estar ali, em cada amanhecer, em cada queda, em cada descoberta.

Quando você nascer, vou sorrir com os olhos cheios d’água, porque só então entenderei o que é ser completo.

Não é só um filho que chega.
É um novo amor.
É um novo sentido.
É um novo começo, escrito no corpo dela, no meu peito, no futuro que ainda não vimos, mas já sentimos.

Suiko, você não me deu apenas uma notícia.
Você me deu um destino com nome, com batimento, com esperança.

E eu, que achei que já tinha visto tudo,

acabei de descobrir o que é nascer de novo.