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Quero saber que galáxia você quer desvendar

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O Natal desse ano foi um daqueles dias que a gente guarda não só na memória, mas em cada pedacinho da alma.

Lembra quando eu disse, há algum tempo, que eu era "do mundo"? Que onde houvesse sorrisos, eu estaria? Pois é... eu não fazia ideia de que um desses sorrisos iria me levar direto para o abraço de alguém que mudaria completamente minha ideia de lar.

Mar, você veio como uma brisa fresca em meio à rotina — uma nipônica carioca de alma francesa, com aqueles olhos que observam o mundo como quem decifra poesia em gestos simples, e uma voz que, antes mesmo de ouvir direito, eu já sabia que seria minha melodia preferida.

A gente se encontrou no meio a turnês, temakis e conversas que roubaram o sono da noite; entre vinhos secos e beijos que já tinham gosto de destino. Descobrimos, quase sem querer, que éramos feitas dos mesmos desejos simples: massas com molho vermelho, noites de karaokê vergonha alheia, e aquela mania de observar a vida com um olhar curioso e terno. E, sem perceber, fomos tecendo uma conexão que não cabia mais em palavras — precisava de abraços, de olhares, de silêncios preenchidos por sentimentos.

E então veio o Natal. Eu tinha um plano. Um anel escondido na minha mala, um discurso ensaiado mil vezes no espelho do avião, um coração que batia tão forte que eu jurava que as pessoas ao meu redor poderiam ouvir. Eu iria te pedir em namoro. Iria dizer que você era a minha pessoa favorita, a minha música mais bonita, o meu lugar no mundo.

Mas como lidar quando algumas almas são tão sincronizadas que nem mesmo o tempo consegue separar seus ritmos?

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