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[Questions and doubts]
“Mãe, mãe, mãe…” a voz doce e agitada me fez abrir os olhos, me tirando de um pequeno sonho. “Oi, filha, o que foi?” perguntei, ainda sonolenta, vendo Melanie subir no sofá — ainda com dificuldade — passando por cima do meu corpo e se encaixando sobre mim, segurando minhas bochechas com as duas mãos. “Se o amor é você, como as outras pessoas amam?” perguntou, e meus olhos viraram dois risquinhos sobre as bochechas. “Se parece comigo? Achei que se parecia com você”, retruquei, observando-a de maneira carinhosa.
Os cabelos loiros estavam desgrenhados, o olhar parecia iluminado, e ela parecia ainda mais curiosa do que dois anos atrás. Toquei sua bochecha e deslizei o dorso dos dedos por sua pele corada, prestando atenção no azul dos seus olhos, notando que pequenos detalhes verdes surgiam no meio da íris. “Amor é relativo, filha…”, eu dizia, mas fui interrompida. “O que é relativo?” perguntou, e eu ri. “Que não é a pessoa, é o sentimento… Há muitas pessoas no mundo, mas nem todas são amor.”
“Você é o meu amor e eu escolho amar você, mas não posso amar qualquer pessoa… acho que amor é a maneira como a gente enxerga o outro, sabia?” continuei, e ela sorriu, me beijando na testa. “Ah, então por isso o amor é a nossa família toda? Você, o papai, o Nacio, o Tris, o Bê, o Bryan e a Lili? Ah, o pai também… mas eu já falei o pai?” Assenti e beijei seus cabelos enroladinhos. “Sim, todos eles são amor.” Movi os lábios, os pressionando, e reparei mais um pouco nos traços do seu rosto. "Tem a Cecília também, né mãe? A Cecília é um amorzão, acho que ela é o amor de todo mundo."
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Posted 12/3/2025, 4:00 AM