Latest Blog Post

O que poderia ser descompasso se fez encontro

Há algo de sagrado nos instantes em que dois sentimentos se reconhecem. Um tipo de silêncio que não pesa, acolhe. Um espaço onde o coração pode finalmente descansar sem medo de estar sentindo demais. E a buniteza disso é que tem um alívio que nasce aqui. Um acalmar suave, quase imperceptível, que diz: “estamos juntos nessa.” E, de repente, tudo que era descompasso vira encontro.

Sempre acreditei que há ternuras que não precisam de nome, só de tempo pra se fazer ser. Sentimentos que crescem com a naturalidade da vida, mas com uma força que surpreende. Afetos que não prometem, se fazem presença. E, às vezes, isso é o bastante para mudar tudo. Mas por tempos duvidei, se isso era só uma ideia romântica... que só existia em mina cabeça avuada de menina boboca... ou se poderia vir a ser real algum dia. E cá estou! A descobrir contigo que existe beleza em deixar que o novo aconteça sem rótulos, sem molduras, sem a ansiedade de definir.

E se minha teoria romântica estiver certa... Quando começa assim, sem exigências, sem pressões, só com a vontade sincera de ficar, tem algo de raridade mágica. Um calor que pulsa no ritmo certo, mesmo que nenhum dos dois saiba qual é esse ritmo ainda. E acabamos por viver assim um conto de fatos, onde cada um de nois encontra um lugar dentro do peito que sempre existiu, mas só agora se acendeu. Um canto onde o medo não vence, onde a entrega não dói, onde o sentimento não precisa se justificar.

E, no fundo, talvez seja isso o que mais importa: não buscar garantias, mas cultivar desejo. Não pedir promessas, mas abrir espaço. Não correr atrás de definições, mas se permitir descobertas.

Nesse valentine day, além de cartão/flores, celebro o que temos! Que nasceu sereno... que aconteceu em compasso, mesmo quando cada um viveu isso de um jeito... Celebro o começo que respira dentro de mim, e a coragem doce de continuar sentindo.

Com amor Oli