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É Menina!

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Eu estava sentada na sala de espera do consultório médico, distraída com o som dos carros lá fora e tentando acalmar minha respiração. A vida na cidade grande era frenética, e isso combinava bem com meu ritmo de vida no mundo do crime. Quando a médica entrou com um sorriso caloroso, senti um frio na barriga. Ela se sentou e me disse com um olhar gentil: "Parabéns, Jess. Você está grávida de uma menina."

Minha mente começou a correr. Uma menina. Nunca imaginei que esse dia chegaria, muito menos assim. Karen, minha parceira de gangue, estava ao meu lado e deu um sorriso radiante. "Uma menina, Jess. Você vai ser uma mãe maravilhosa." Eu sorri, ainda em choque, mas sentindo uma alegria que não esperava.

No caminho para casa, Karen não parava de falar sobre o futuro. "A gente vai ensinar ela a se defender, a ser forte. Vai ter uma infância diferente da nossa, mas cheia de amor." Eu sabia que Karen estava tão comprometida quanto eu em dar a essa menina uma vida melhor. Ela seria como uma segunda mãe para minha filha, uma figura de proteção e carinho.

Quando chegamos em casa, sentei no sofá e coloquei as mãos na barriga. A realidade começou a se instalar. A vida na cidade grande era cheia de perigos, mas também de oportunidades. Eu queria que minha filha tivesse a chance de ser quem ela quisesse, sem as limitações que eu tive. Ela cresceria com duas mulheres fortes ao seu lado, prontas para protegê-la e guiá-la.

À noite, deitada na cama, fiquei pensando no futuro. Sentia uma força renovada e uma determinação que nunca tive antes. Karen, ao meu lado, segurou minha mão. "Estamos juntas nessa, Jess. Ela vai ser nossa pequena guerreira." Fechei os olhos, sentindo-me mais segura e motivada do que nunca. Minha filha teria o melhor de mim, e eu lutaria com unhas e dentes para garantir isso.

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