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a gente tá no lucro

Não precisamos de muito para encontrar o amor da nossa vida, apenas atenção. Às vezes, ele acontece numa rua parada, enquanto a cidade dorme. Momento que estamos atentos ao redor, chutando pedrinha e sentindo o celular vibrar no bolso, com medo de ousar atendê-lo e ser roubado.

Talvez será aquela moça passando do outro lado da rua, apertando o passo e pedindo à Kobe que não seja assaltada por você, que também faz o mesmo enquanto corre para casa. O boa noite seco que foge dos lábios, na esperança de ser apenas mais uma alma vagando por aí, tão perdida quanto você.

E, acontece na noite seguinte, novamente. Dessa vez, os números de telefone são trocados. Você oferece companhia até o fim da rua, ela divide o pacote de bala que guardava na bolsa. O caminho já não parece amedrontador, independente de quantos outros seres cruzem o mesmo espaço.

Os planos acontecem, sem pretensão: começam em brincadeiras, as mesmas que tiram seu sono quando deita na cama, perguntando o quão maravilhoso seria que todos os sonhos fossem realidade. Os sinais passam a se tornar conversas longas; o sorriso, significa mais que mil horas ao telefone.

O beijo acontecerá, mil encontros virão também. As manhãs na praia, mesmo no meio do inverno, já soam um ótimo lugar para estar, porque além dela ter roubado seu moletom favorito, também virou seu mais confortante calor. O Ano Novo vem aí, embora as festas com brinde e comemorações, já aconteçam dentro de você desde o primeiro olhar cruzado.



Agora é só você e eu.